O seu som ecoava pela noite fora ajudando as traineiras a fazer-se ao porto de abrigo ou quando o nevoeiro traiçoeiro limitava os olhares dos bravos Lobos-do-Mar.
Ali, nas traseiras da Igreja da Lapa, a ronca na velha casa junto ao farol da Igreja, cumpria a sua função.
Muitos anos passados voltei à Póvoa e um velho som se fez ouvir. A Ronca continuava ‘viva’. Esse som, que nunca o esqueci, fez-me recordar esses tempos de menino. Era verão, o nevoeiro fazia-se sentir e a ronca ecoava no meu espírito, no espírito de quem muito novo rumou a outras paragens, mas que nunca se esqueceu dos sons que moldaram a sua alma poveira.
P.S. - Os meus agradecimentos a Joaquim Pinto que gravou o som da ronca e fez este vídeo, para eu o colocar neste meu blog à Povoa dedicado.
Sem comentários:
Enviar um comentário